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Comércio Exterior – Aprenda a importar e exportar fácil

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Se você possui sonhos grandes e acredita que o Brasil não é o limite para as oportunidades da sua empresa, saiba que investir na importação e exportação, focando em atividades de comércio exterior pode não ser tão complicado quanto parece. É possível avançar, mesmo sendo uma micro ou pequena empresa.

Para começar, além da força de vontade é preciso ter um produto competitivo ou inovador, destacar seus grandes diferenciais, estar com suas operações estruturadas, conhecer a cultura do local para onde se pretende exportar e se preparar para adequação burocrática.

Certamente sua empresa precisará de registros junto à secretaria de comércio exterior, um órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e também junto à Receita Federal, antes de começar a vender para o exterior.

Outra possibilidade que pode ser usada, é contando com uma empresa de “trading company”, que pode intermediar a negociação para vendas no exterior. Adotando esta possibilidade, não será preciso realizar o cadastro junto aos órgãos públicos, mas em contrapartida, será necessário pagar um percentual sobre as vendas.

Iniciativas federais a favor da exportação

Pequenos e médios empresários atraídos pela possibilidade de iniciar o processo de exportação, podem contar com o programa Aprendendo a Exportar, oferecido pelo Ministério do Desenvolvimento. Lá é possível contar com instruções sobre leis de exportação e dicas pontuais muito úteis.

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Além deste programa, também há o canal Vitrine do Exportador, um espaço onde o empresário pode disponibilizar informações sobre seu produto e entrar em contato com importadores com mais facilidade.

Adequação das empresas

Para começar a exportar, recomendamos que sejam seguidos pelo menos 5 passos básicos antes, para ajudar a minimizar ainda mais as chances de erros. São eles:

1.Garanta os diferenciais do seu produto

Além da ideia inovadora, o produto precisa se destacar aos olhos dos futuros compradores, garantindo vantagens diferenciadas, por isto, antes de exportar repense e analise seu produto e sempre busque aprimorar e desenvolver vantagens em suas etapas de produção e desenvolvimento.

Este valioso diferencial pode ser obtido pela seleção da matéria prima escolhida, a criação de um processo produtivo mais eficiente e inteligente ou pelo desenvolvimento de uma embalagem diferenciada, por exemplo.

2. Organize seus processos

Apesar de começar a focar no mercado exterior, a menos que seu produto possua abertura restrita ao mercado internacional, não abra mão de manter suas operações nacionais com demanda atendida e sob controle. Optando por manter operações nacional e internacionalmente, controle muito bem sua linha produtiva.

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Deixar a “casa arrumada”, mantendo uma segmentação na gestão das operações nacionais e de exportação é uma das melhores alternativas. Assim ficará mais fácil controlar a linha de produção eou venda de produtos que serão remetidos para o exterior.

3. Pesquise o mercado

Conhecer a cultura do local para onde se vai exportar é fundamental. Este conhecimento permitirá adequar o produto ao mercado, formar preços justos e competitivos, negociar com parceiros e stakeholders, convencer clientes e compradores e também facilitará a gestão das vendas especialmente a períodos sazonais, mantendo a saúde financeira e estratégica do negócio.

Não se limite a buscas pela internet, apenas este recurso não trará as informações estratégicas que necessita. Faça pesquisas de mercado consistentes, busque dados de órgãos e instituições confiáveis, entreviste potenciais clientes e parceiros e sempre que possível viaje para o local e vivencie a cultura para compreender detalhes que podem ser fundamentais para o sucesso.

4. Adeque-se a lei

Em muitos países é preciso cumprir burocracrias como a obtenção de certificações para comercialização de mercadorias. Nem sempre estar legalizado e seguir as normas internas, brasileiras, garantirá a legalidade e confiança no exterior.

Tome cuidado especialmente se o foco do seu negócio for a exportação de alimentos. Nestes casos, as certificações tendem a ser um pouco mais criteriosas e alguns selos de qualidade podem ser exigidos. Não se descuide!

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5. Interaja com seu mercado

Sempre participe de feiras e eventos ligados ao seu setor e ramo de atuação. Este tipo de participação sempre será um investimento precioso que permitirá conhecer as tendências, desenvolvimento do mercado, concorrentes, parceiros de negócios e além disso, contribuirá muito para o fortalecimento do networking.

Também não deixe de consultar os estudos realizados pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos); participe de viagens internacionais que são organizadas pelos governos estaduais e federal, para conhecer melhor o mercado no qual entrará.

6.Avalie a logística de exportação

Nesta avaliação devem ser considerados pontos como a formação do preço de venda, o idioma do país de destino e o sistema mais adequado de distribuição das mercadorias. Uma boa estratégia para quem está começando, com um pequeno e micro negócio, é focar na expansão para países de língua portuguesa, como Angola, Portugal, Cabo Verde e demais países africanos, pois isto facilitará ainda mais a negociação nos momentos iniciais.

7. Atenção às taxas e impostos

É importante estar atento a cobrança de taxas e impostos envolvidos na exportação, pois há tributos nacionais como o ICMS e o IPI que não são cobrados sobre algumas exportações. Quanto aos impostos locais, a responsabilidade do pagamento fica a cargo do importador, mesmo assim, é preciso se preparar para a inclusão de despesas como taxa portuária e seguro da mercadoria.

Diferenciais das formas legais para exportação

Exportação Direta

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É possível se tornar uma empresa exportadora atuando através da exportação direta de produtos ou serviços. Esta modalidade possui como vantagens:

  • Maior chance de controle das operações
  • Potencial de lucros maiores que através de intermediários
  • Construção independente da própria rede de distribuição
  • Poder de decisão estratégica unilateralmente
  • Maior proteção de marcas registradas, patentes e propriedades

Algumas desvantagens da Exportação Direta: 

  •  Exige ações complementares como uma estratégia de marketing,
  • Precisa de identificação e escolha detalhada de mercado-alvo
  • Requer cuidado com as funções de logística: documentação, seguro, embarque, embalagem etc.
  • Com efeito, as demandas de recursos humanos e financeiros são intensas;
  • O reconhecimento da empresa no mercado externo geralmente é mais lento.

Exportação Indireta

A exportação indireta é um modelo que conta com a intermediação de empresas. Nesta modalidade o produtor vende a mercadoria a um intermediário, com a finalidade de exportar. Este objetivo final, deverá estar explícito  na Nota Fiscal.

Sobre esta modalidade de transação não há cobrança impostos para exportação, mas caso a exportação não seja efetivada, o produtor terá que recolher os tributos relacionados de qualquer forma.

Entre as possibilidades de empresas intermediárias estão:

  • trading companies, que operam no mercado interno
  • empresas comerciais, voltadas exclusivamente para exportações
  • empresa comerciais que operam no mercado interno e externo;

Radar

O RADAR, Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros, é o sistema da Receita Federal que concede a permissão a empresas para atuarem no ramo de importação e exportação.

Este sistema é como um controle prévio que ajuda na prevenção e combate de fraudes fiscais. Antes de iniciar qualquer operação, é preciso solicitar esta autorização e realizar o cadastro seguindo os procedimentos:

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1. Reunir e apresentar documentos que comprovem a existência física da empresa.
2. Comprovar a capacidade financeira do negócios, apresentando dados como o capital social ou histórico de recolhimento de impostos no mercado nacional.

Além destes fatores básicos checados, também podem ser solicitadas outras informações adicionais. Caso os fiscais da receita solicitem estes dados complementares de sua empresa, haverá o prazo de 10 dias para cumprir as determinações e o ideal é contar com a ajuda de um profissional de contabilidade para cumprir esta etapa.

É importante ressaltar que não há restrições às empresas novas quanto à solicitação do cadastro junto ao RADAR. Elas também podem aderir ao sistema, mas em comparação com empresas com maior tempo no mercado, o histórico que elas possuem, podem facilitar mais a aprovação do pedido de habilitação no RADAR.

Cuidados antes de solicitar o RADAR

Antes de dar entrada no pedido de autorização, é importante verificar cuidadosamente se há pendências junto ao Fisco e impostos atrasados, pois isto poderá contribuir para a recusa. Cabe ressaltar que no caso de refinanciamentos de impostos vigentes, isto não implicará na proibição.

Agora que você já tem uma noção de como exportar e importar, leia nosso guia sobre Marketing Internacional.

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Marketing Internacional – Guia Completo

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