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Ideias de negócios

Como montar uma criação de rãs gastando pouco

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Como montar uma criação de rãs lucrativa gastando pouco e sem cometer erros, ganhe muito dinheiro com a ranicultura. Aprenda tudo: investimento, localização, equipamentos, fornecedores, mercado, concorrência, riscos, legislação, mão de obra especializada, captação de cliente, financiamento, atendimento e muito mais…

Criação de rãs

Apresentação

A ranicultura se iniciou no Brasil na década de 30, quando um técnico Canadense trouxe alguns casais da rã Touro Gigante de seu país e iniciou a criação no Estado do Rio de Janeiro. Desde então muita coisa se modificou, sendo que o Rio foi o pioneiro na criação racional de rãs.

Mercado

O mercado potencial é de cerca de três vezes superior à oferta, um dos fatores limitantes desse mercado é o preço que o produto tem chegado aos pontos de venda.

Dados mais recentes estimam a produção brasileira em torno de 400 toneladas anuais, portanto, um mercado ainda em franca expansão.

Localização

Terreno próximo aos centros consumidores e pouco acidentado, variando seu tamanho de acordo com a produção almejada (tamanho médio 500 a 1000 m2). Locais com a temperatura ambiente mais elevada são recomendados, pois as rãs são animais ectotérmicos, adaptando sua temperatura corporal ao ambiente. Em outras palavras “quanto mais quente melhor”.

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Estrutura

Devido a várias características apresentadas pela Rã em cada fase de vida, exige instalações e manejos diferenciados. Existem portanto, em um ranário comercial diversos setores como:

  • Reprodução
  • Embriologia
  • Girinagem
  • Metamorfose
  • Engorda

O setor de Engorda representa cerca de 70% das instalações em um ranário. Para os setores de reprodução e engorda são necessárias áreas secas com cochos e abrigos e uma área com piscina.

As outras fases são exclusivamente aquáticas. Todos os tanques são construídos em alvenaria com cobertura de sombrite 50% e ficam sob estufas agrícolas, como foi mencionado anteriormente. Dessa forma promove-se um aumento da temperatura ambiente, permitindo assim um desenvolvimento mais rápido dos animais.

Equipamentos básicos

  • Bombas aquáticas
  • Comedouros
  • Telas
  • Equipamentos veterinários etc.

Investimento

O investimento irá variar de acordo com a: região em que se irá trabalhar, a capacidade de gerenciamento de um negócio, as condições inerentes a cada empreendimento, entre outros.

Pessoal

Irá variar de acordo com a estrutura do empreendimento.

A rã possui características biológicas e fisiológicas bem distintas dos animais comumente criados. O seu ciclo de vida compreende uma fase exclusivamente aquática, onde recebem o nome de girinos, e outra terrestre (rã propriamente dita), porém com extrema dependência da água.

Algumas espécies

são várias as espécies de rãs, pode-se destacar algumas, tais como: a Rã-Touro, Rã-Pimenta, Rã-Manteiga ou Paulistinha, dentre estas citadas a mais indicada para a criação em cativeiro é a Rã-Touro Gigante, devido as suas características zootécnicas como precocidade, prolificidade e rusticidade.

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. Rã-touro gigante. Também conhecida como rã mugidora e bulfrog americana (Rana catesbeiana, Shaw), é originária das proximidades das montanhas rochosas na América do Norte. A coloração de pele é entre verde-claro e cinza-escuro. É considerada a terceira maior do mundo em tamanho, chegando aos 30 cm de comprimento total (desde o focinho às patas traseiras) e 2,5 kg de peso. A rã-touro vive no máximo 16 anos e sua capacidade reprodutiva é de aproximadamente 10 anos. No Brasil as pesquisas com criação de Rãs-Touro tiveram início no na década de 70.

Reprodução

A rã tem uma extraordinária capacidade de reprodução, porém, se faz importante promover uma contínua melhoria nas condições do plantel.

Não é difícil identificar se a rã é macho ou fêmea. A presença de gônadas masculinas nos machos e ovários nas fêmeas é a característica primária das rãs.

Mas, para identificar se é macho ou fêmea, observe as características secundárias como: tamanho (os machos são menores), diâmetro do ouvido em relação ao do olho e coloração do papo. Quando a rã atinge a sua maturidade, ou seja, está apta para o acasalamento, estas características são visíveis.

Para atingir a maturidade, as rãs sofrem certas influências como: clima, chuva, pressão atmosférica, temperatura, fotoperíodo (tempo de exposição à luz). Estes são os fatores primordiais que atuam no seu processo de maturação do aparelho reprodutor.

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As rãs se reproduzem por acasalamento com fecundação externa, ou seja, o fluído do macho do macho é lançado sobre os óvulos, diretamente na água.

O processo inicia-se com o coaxar dos machos, visando a atração das fêmeas; para a desova procuram águas limpas, rasas, calmas e tépidas.

A pressão exercida pelo macho, durante o abraço nupcial, auxilia a fêmea na expulsão dos óvulos. Simultaneamente os machos lançam seu fluído fecundando-os à medida em que são expelidos. Os ovos mantêm-se unidos por uma substância gelatinosa e transparente. A função desta substância é auxiliá-los a flutuar na superfície da água, dar-lhes proteção mecânica e térmica e contra-ataques dos inimigos.

Os embriões (larvas) eclodem 3 a 5 dias após a fecundação. Têm cor negra e nutrem-se do saco vitelino. Depois do décimo dia, aproximadamente, passam a se alimentar do plâncton existente na água e de ração. Em seguida, começam a nadar. Nesta etapa já possuem boca formada.

Nas primeiras semanas ficam no fundo dos tanques, subindo à superfície em grupos para se alimentar. Quando alcançam determinado tamanho, os girinos começam a se metamorfosear, transformando-se em imago e adquirindo hábitos terrestres.

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Densidade

A densidade recomendada no setor de reprodução é de 3 animais/m2 , e no setor de engorda, é de 50 rãs/m2. Quanto aos girinos a densidade para a transformação é de 1 girino/litro d’água, e quando se deseja reter o processo de metamorfose essa deve ser de até 20 girinos/litro d’água (estocagem), conforme seu tamanho.

O tempo que o animal leva desde a fase de ovo até o peso de abate é em média de 7 meses e varia conforme a temperatura, manejo, alimentação e potencial genético.

Destes 7 meses apenas 4 meses são relativos à engorda propriamente dita, sendo que os 3 meses iniciais são relativos ao tempo em que ocorre a eclosão dos ovos de onde saem os girinos que crescem e sofrem a metamorfose. Esses últimos sofrem diversas transformações internas e externas até se transformarem em rãs jovens.

Alimentação

Para os girinos em processo de metamorfose recomenda-se administrar ração para trutas ou rãs (aproximadamente 40% de Proteína Bruta) na forma farelada, na quantidade de 10% do seu peso vivo por dia (1O mês), relação essa que deve ser diminuída para 5% e 2% nos meses subsequentes.

Já para as rãs, a ração a ser ofertada (também com aproximadamente 40% de PB), deve ser peletizada e acrescida de inicialmente 20% de larvas de dípteros.A ração pode ser oferecida também sobre cochos vibratórios, ou oferecida a lanço diretamente sobre a água com acontece em um sistema conhecido como “inundado”.

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Melhoramentos da espécie

Para obter-se um melhoramento da espécie em ranicultura, há dois principais caminhos:

– Melhoramento das condições ambientais. Esta ligado a melhoramentos na alimentação, sanidade, construção, etc. Pode conduzir a um rápido retorno, mas precisa ser sempre renovado.

– Melhoramento genético. É um trabalho mais a longo prazo, com gastos elevados, porém, benefícios permanentes. Este trabalho em geral é promovido e patrocinado por institutos e centros de pesquisa. Os animais são escolhidos dentro do padrão de produção desejado. Devem ser sadios, fecundos, resistentes a doenças e apresentar um bom crescimento, de forma a induzir uma melhoria na criação. A seleção é feita ao longo de todo o ciclo de vida do animal.

É válido lembrar que o campo da genética aplicada à ranicultura é amplo, mas infelizmente ainda pouco explorado. Assim sendo, recomenda-se que o próprio ranicultor desenvolva a melhoria do seu plantel, através de seleção. Esta seleção consiste em escolher os melhores animais dentro de uma população e acasalá-los entre si.

Estrutura de produção

– O Setor de Reprodução. É constituído de duas áreas distintas: as baias de mantença e as de acasalamento. Na primeira, as rãs reprodutoras são mantidas confortavelmente durante todo o ano, sendo transferidas para as baias de acasalamento quando o ranicultor necessita de desovas. Essas baias de acasalamento podem ser para apenas um casal de cada vez (individualizadas), ou para vários casais (baias coletivas). Após a reprodução, a desova é transferida para o setor de girinos, e o casal retorna para a baia de mantença. Apesar dessa baia ser semelhante às do setor de recria, seus elementos básicos estão em número e dimensões proporcionais ao porte dos reprodutores, que são alojados em uma densidade bem inferior.

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– O Setor de Girinos. É formado por um conjunto de tanques, construídos em tamanho e número proporcional ao porte do empreendimento. A desova é depositada em uma incubadeira, onde ocorrerá o desenvolvimento embrionário até a saída das larvas, as quais, decorridos alguns dias, darão origem aos girinos propriamente ditos. Nos tanques, os animais vão se desenvolver até a metamorfose.

– O Setor de Recria. Constituído de baias de recria inicial e baias de terminação. Essas baias consistem de abrigos, cochos e piscinas dispostos linearmente e adequados ao tamanho dos animais.

  • Baias de Recria Inicial. Recebem os imagos após a metamorfose, oriundos ou não de uma mesma desova. Quando as rãs alojadas nessas baias alcançam de 30 a 40 g, são triadas e transferidas para as baias de crescimento e terminação.
  • Baias de Crescimento e Terminação. São destinadas a receberem lotes uniformes de rãs oriundas das baias de recria inicial, onde permanecem até atingirem o peso de abate. Nesse momento, são enviadas para a industria de abate e processamento.

Fases de criação

– 1º Fase: Inicia-se no setor de reprodução, onde as rãs reprodutoras são mantidas confortavelmente durante todo o ano, sendo transferidas para as baias de acasalamento quando o ranicultor necessita de desovas. Após a reprodução, a desova é transferida para o setor de girinos.

– 2º Fase: No setor de girinos, os girinos são depositados em uma incubadeira, onde ocorrerá o desenvolvimento embrionário até a saída das larvas, as quais, decorridos alguns dias, darão origem aos girinos propriamente ditos. Nos tanques, os animais vão se desenvolver até a metamorfose (imagos).

3º Fase: Os imagos são transferidos para o setor de recria, onde são abrigados nas baias de recria inicial, nestas ficam alojados até alcançarem de 30 a 40 g (rãs), são triadas e transferidas para as baias de crescimento e terminação, onde permanecerão até atingirem o peso de abate. Nesse momento, são enviadas para a industria de abate e processamento.

Clientes

Os principais compradores são: supermercados, butiques de carne e restaurantes.

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No caso de supermercados, somente os produtores com oferta regular e com grande volume têm condições de atender a esse segmento.

Alguns fatores que devem ser lembrados pelo empreendedor, para que obtenha sucesso no empreendimento

  • O que determina o sucesso do empreendimento não está apenas no potencial do mercado do produto, mas sim na forma como o negócio é gerenciado e na perseverança do empreendedor;
  • Antes de implantar o negócio, é importante que seja feito um levantamento de mercado e um bom planejamento das atividades.

Observação: No Brasil, em um ranário, um reprodutor permanece de 4 a 5 anos, em média, e as rãs destinadas ao abate cerca de sete meses a um ano.

Legislação Específica

Torna-se necessário tomar algumas providências, para a abertura do empreendimento, tais como:
– Registro na Junta Comercial;
– Registro na Secretária da Receita Federal;
– Registro na Secretária da Fazenda;
– Registro na Prefeitura do Município;
– Registro no INSS;(Somente quando não tem o CNPJ – Pessoa autônoma – Receita Federal)
– Registro no Sindicato Patronal;
– Registro de Aquicultor;
– Licença Ambiental (SEAMA).

O novo empresário deve procurar a prefeitura da cidade onde pretende montar seu empreendimento para obter informações quanto às instalações físicas da empresa (com relação a localização),e também o Alvará de Funcionamento.
Além disso, deve consultar o PROCON para adequar seus produtos às especificações do Código de Defesa do Consumidor (LEI Nº 8.078 DE 11.09.1990).

No caso do Registro de Aquicultor, deverá ser feito o pedido na Federação da Agricultura Estadual, que enviará ao DPA – DEPARTAMENTO DE PESCA E AQÜICULTURA (Orgão do Ministério da Agricultura).

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Na comercialização do produto processado (carne), o empresário deverá informar-se a respeito dos registros necessários para sua legalização.

Comercialização:
– Em Nível Municipal. No município onde está instalado, basta efetuar o registro na Vigilância Sanitária Municipal (quando houver);

– Em Nível Nacional. O registro deverá ser feito no SIF – Serviço de Inspeção Federal. O órgão responsável no Espírito Santo é o Ministério da Agricultura.

Outras legislações:
– PORTARIA IBAMA 136/98. Estabelece normas para registro de aquicultor e Pesque-pague no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

Entidades

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ABRACOA – Associação Brasileira de Criadores de Organismos Aquáticos: http://www.setorpesqueiro.com.br/abracoa/index.shtm

Ministério da Agricultura: http://www.agricultura.gov.br

IBAMA: http://www.ibama.gov.br/

ANVISA: http://www.anvisa.gov.br

 

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Referências:
Sebrae – Serviços de Apoio as Micros e Pequenas Empresas, IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas – São Paulo, Datafolha – Instituto de Pesquisas Grupo Folha, IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, Wikipédia, Jornal Estadão, Jornal Folha de S.Paulo, Jornal O Globo, Revista Exame, Revista Veja, MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MCTI – Minnistério da Ciência, Tecnologia e Inovação, MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário,

Copyright © Emprega Brasil – É proibido a reprodução, total ou parcial, do conteúdo sem prévia autorização.

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0 Comments

  1. EDUARDO CESARIO

    05/08/2015 at 05:15

    Bom dia,estou pesquisando o mercado ainda, porem não tenho muito o que comentar, entretanto esse esclarecimento foi de muita valia.Tenho um espaço de 5000 m2 e pretendo utiliza-lo em ranário.
    Desde de já agradeço por já me ajudar expondo esse esclarecimento no site.

  2. rock hudson dazilio

    28/02/2016 at 01:38

    se for possivel me mandar o endereço deste ranario gostaria muito de fazer uma visita.
    tem algum telefone que eu possa entrar em contato?
    atenciosamente .rock

  3. Ivaldo Sena

    04/05/2016 at 06:36

    Aguardo informações por Email.

    Desejo saber tudo que se faz necessário para iniciar um negócio.

    Atenciosamente.

  4. GERALDO DA TERRA P.FILHO

    30/11/2016 at 22:11

    boa noite!
    Tive informação de criatório de RÃS na forma VERTICAL EM PRATELEIRAS.
    Gostaria de saber a viabilidade/custos e prospectos.
    Aguardo pronunciamento.
    Grato,
    Geraldo Terra

  5. GERALDO DA TERRA P.FILHO

    30/11/2016 at 22:23

    Boa noite!
    Tive informação de criatório de RÃS EM PRATELEIRAS VERTICAL.
    Gostaria de saber a viabilidade/custos/técnicas e apostilhas.
    Grato,
    Geraldo Terra

  6. eliane rosa cardoso

    27/01/2017 at 22:44

    gostaria de saber quanto de despesa vou ter para iniciar o negocio e a lucratividade

  7. Sergio Rocha

    24/05/2018 at 03:42

    voces por gentileza,teria como mandar um desenho básico de como seria esse ranário?como procuro um investimento pequeno, aumentando com a demanda.

  8. Eduardo cordeiro fa Silva

    21/11/2018 at 07:49

    Tenho enterece.quais sao os custos

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