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Dicas valiosas

Fake news – Notícias falsas na internet

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Já reparou como que um boato ou fofoca se espalha rapidinho? Pode ser na vizinhança, na escola, no trabalho. Onde quer que seja, notícias falsas (fake news) são muito fáceis de se propagar. Na internet também tem sido assim. Nesse artigo vamos falar mais sobre como esse tipo de notícia tem se espalhado e fazendo com que muitos “comprem gato por lebre”.

Um estudo feito pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), notícias consideradas falsas se espalham mais facilmente na internet do que textos verdadeiros. Os autores da pesquisa estimaram que uma mensagem falsa tem mais chances de ser retransmitida (retuitada, no caso do Twitter) do que uma verdadeira.

O alcance também é maior. Enquanto conteúdos verdadeiros são lidos por cerca de 1.000 pessoas. As notícias falsas são lidas por até 100.000 pessoas.

Os motivos das fake news

Um outro estudo publicado na “Nature Human Behavior” diz que fato de terem muita informação à disposição e pouco tempo de atenção dedicado a cada informação; faz com que os boatos tenham a mesma chance de viralizar que uma informação de fonte confiável.

O físico da Universidade de Indiana acredita que as redes sociais são um campo fértil para a disseminação de boatos. “Devemos ter em mente que nossos amigos provavelmente não são bons editores; e são impulsionados por emoções e menos objetividade e confiabilidade”, ressalta Oliveira.

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Outro motivo seria a reação emocional provocada pelas mensagens. Elas geravam mais sentimentos de surpresa e desgosto. Enquanto que os conteúdos verdadeiros despertam tristeza e confiança. Posso estar errada, mas me parece algo relacionado com carência.

Robôs que espalham fake news

Hoje já existem robôs, os chamados bots, programados para disseminarem notícias falsas. Na verdade, foi comprovado que os bots compartilharam mensagens falsas e verdadeiras com a mesma intensidade. Mas de acordo com o mesmo estudo de Massachusetts: “Notícias falsas se espalham mais do que as corretas porque os humanos, e não robôs, são mais suscetíveis a divulgá-las”, sugere o artigo.

Pelo que parece sempre existe a mão do homem por trás dessas notícias falsas. Não se deve jogar a culpa em um robô ou na tecnologia. Nós somos, ou pelo menos deveríamos ser, responsáveis por aquilo que divulgamos nas redes sociais. Ou até mesmo no nosso convívio pessoal.

Assuntos mais disseminados

O tema mais lançado nas redes sociais contendo mentiras é a política. Parece até que combinou o assunto, mentira e política. O assunto envolvendo política tem um alcance três vezes mais rápido que de outros assuntos como terrorismo, desastres naturais, lendas urbanas e finanças.

Como reconhecer uma notícia falsa

  1. Sinais de que uma notícia pode ser falsa: manchetes inteiras em LETRA MAIÚSCULA ou fotos obviamente manipuladas.
  2. O site tem muita publicidade, banners ou pop-ups? É um bom sinal de que a notícia pode ser falsa e que foi criada só para atrair internautas para o site.
  3. Verifique o endereço do site. Sites falsos frequentemente adotam nomes parecidos com os de veículos de comunicação reconhecidos.
  4. Se o site for desconhecido, procure informações no link “sobre este site”. Ou faça uma pesquisa no Google, colocando o nome do site e a palavra “falso”.
  5. Clique nos links da matéria. (Notícias falsas ou de baixa qualidade jornalística tendem a remeter para sites similares). E se a matéria não trouxer links, citações ou referências, esse é outro motivo para desconfiar.
  6. Confirme uma notícia improvável procurando por um veículo reconhecido que tenha publicado a mesma informação.
  7. Confira a data original da notícia. Mídias sociais com frequência “ressuscitam” notícias antigas.
  8. Leia além das manchetes. Elas frequentemente têm pouca relação com a matéria.
  9. Fotos podem tanto estar identificadas incorretamente como podem ser antigas. Use um site de busca reversa de imagens, como o Google Imagens, para identificar a publicação original.
  10. Use o seu instinto. Se uma notícia fizer você ficar com muita raiva, ela provavelmente foi construída para gerar essa reação.
  11. Finalmente, se você não tem certeza de que a notícia é verdadeira, não reproduza. Na dúvida, não compartilhe!

O fim das notícias falsas

Infelizmente o Facebook tem sido, indiretamente, um divulgador de fake news e eles têm tentado algumas saídas:

Fez acordo com empresas para checar conteúdos duvidosos, reduziu o alcance de posts com textos falsos;

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Cortou receitas publicitárias de sites do gênero e colocou um triângulo alertando para o perigo da fake news (o que na verdade despertava mais curiosidade e por isso não tem mais).

Está tudo muito no começo pra tentar combater de vez as notícias falsas na internet, mas é preciso achar meios de fazer isso.

Vejam só algumas das fake news mais compartilhadas de 2017:

“Charles Manson terá liberdade condicional” (o detalhe é que ele já morreu)

“Funcionário de necrotério é cremado por engano enquanto tirava cochilo”

“Idosa é acusada de treinar 65 gatos para roubar vizinhos”

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Parece piada, e é mesmo, só que um monte de gente compartilha sem se interessar se é verdade ou não.

O que a notícia falsa pode causar

Segundo um profissional de comunicação de marketing digital de campanhas, que pediu para não ser identificado, haverá uma explosão de fake news na véspera da próxima eleição. “O momento agora é de construção de sites falsos, onde vão ser plantadas essas notícias. A partir dessas plataformas, elas serão distribuídas para o Facebook, inclusive de forma paga, ou pelo Whatsapp”, explicou.

Risoletta Miranda, diretora de Mídias Digitais da agência de comunicação FSB afirma que as fake news podem acabar com a reputação de um candidato e, com isso, influenciar decisivamente a intenção de voto. “A tecnologia faz com que a notícia falsa se propague de maneira exponencial.

É muito danoso para a reputação. É essencial se combater as fake news”. Para isso, ela aconselha os políticos a criar em suas páginas pessoais um espaço somente para desmentir as notícias falsas.

“Para se ter uma ideia, durante o julgamento do Lula, concluímos que 10% das interações nas redes sociais eram feitas por robôs”, disse. “Em alguns casos, uma posicionamento aparecia em 100 perfis diferentes do Twitter, com os mesmos erros de português. São perfis falsos, controlados por robôs”, disse o Professor da Fundação Getúlio Vargas Amaro Grassi.

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Punição para quem divulgar

A Câmara dos Deputados está analisando um projeto de lei que pretende tornar crime o compartilhamento ou divulgação de informações falsas ou “prejudicialmente incompletas” na internet. A proposta, do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), prevê detenção de 2 a 8 meses e pagamento de multa.

Pelo texto do projeto de lei 6.812/2017, constitui crime “divulgar ou compartilhar, por qualquer meio, na rede mundial de computadores, informação falsa ou prejudicialmente incompleta em detrimento de pessoa física ou jurídica”.

A multa prevista para quem cometer o ato é entre R$ 1,5 mil e R$ 4 mil por dia, ficando a cargo do juiz determinar o tempo. O dinheiro seria revertido ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, que é vinculado ao Ministério da Justiça e tem por finalidade a reparação de danos causados ao meio ambiente, consumidor, bens e direitos e outros interesses difusos e coletivos.

O impacto negativo das fake news

Na justificativa, o deputado Luiz Carlos Hauly diz que atos como a disseminação de notícias falsas e incompletas na internet “causam sérios prejuízos, muitas vezes irreparáveis, tanto para pessoas físicas ou jurídicas, as quais não têm garantido o direito de defesa sobre os fatos falsamente divulgados”.

Infelizmente muitas pessoas têm usado e abusado da internet como se fosse uma terra sem lei onde elas podem divulgar o que quiserem sem ter a certeza da procedência, mas não é bem por aí. É preciso leis mais pesadas, com consequências mais pesadas.

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E você? Acha que a culpa da disseminação das fake news é nossa ou dos robôs? Dê sua opinião.

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